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domingo, 7 de dezembro de 2008

“Bebida é água, comida é pasto... Você tem sede de que? Você tem fome de que?”


Pois bem, agente (definitivamente) não quer só comida, já diz a canção.
Você leitor pode pensar em primeiro momento que estou sendo contraditória. Contudo, antes que se precipite em suas conclusões, eu posso explicar o que quero dizer.
Estive pensando hoje sobre necessidade e satisfação, seguindo ainda a linha de raciocínio da música: “desejo, necessidade e vontade...”. Então constatei o quão importante foi a parceria entre BAS e Wal Mart e o quão bom seria conquistar mais parceiros que fornecessem esse mesmo tipo de doação.
Claro que uma refeição balanceada é o mais importante para a saúde e para viver bem, mas que arremesse o primeiro tomate quem nunca trocou uma salada por macarronada ou uma maçã por um delicioso chocolate.
Obviamente nos damos a esse privilégio sempre quando desejamos, contudo somos pessoas de sorte, porque temos dinheiro para isso. Agora vamos pensar em uma criança que passa frente à uma loja de doces e sente a sua boca salivar por um pouco de todo aquele cacau... Você já foi criança e sabe como é. Provavelmente sua mãe, pai ou avó (elas em especial adoram fornecer esse tipo de prazer) compravam o doce para você. Muito provável também que você nunca tenha recebido um “não” para um docinho maroto. Não se culpe se você se identificou com o caso porque tudo isso é perfeitamente normal: o ser humano tem desejos, grandes ou pequenos luxos que são muito saudáveis.
Agora visualize uma criança carente. É claro que ela tem a mesma vontade que você quando criança (essas vontades podem acontecer em períodos até menos freqüentes que as suas, porque ela não está habituada a isso). Contudo, o que quero dizer é: não é culpa da criança querer um doce, não é culpa do adulto querer dispensar o tradicional arroz com feijão de vez em quando.
Enfim, matar a fome é claro que é o primordial para o Banco de Alimentos, mas proporcionar tais pequenos prazeres a essas pessoas pode ser tão satisfatório quanto servir refeições nutritivas.
Acredito que a parceria em questão tenha auxiliado nesse aspecto, não apenas encher o estômago de quem precisa, mas proporcionar um sorriso a essas pessoas.
É claro que resumi tudo à vontade de comer (que é o enfoque deste blog), mas isso também inclui aspectos como conforto, lazer, etc. Isso tudo não cabe aqui agora, são questões complexas de um país repleto de defasagens sociais. O que quero dizer é que proporcionar um pouco além do previsto é um prazer quase comparável aos daqueles que desfrutam um bolo... de chocolate.

Bruna Tunes.

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